quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Jesus fala da sua morte e da sua ressurreição

Lc 9,22-25

E continuou:
- O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado.
Depois disse a todos:
- Se alguém quer ser meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto cada dia para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira. O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira e ser destruído?

Comentário do Evangelho

Jesus resgata a vida

A necessidade do sofrimento é um destaque na tradicional espiritualidade da salvação, com a afirmação de que Deus quer o sofrimento redentor. Tal concepção não corresponde à realidade do Deus de amor.
Contudo, serve para encobrir a responsabilidade dos poderosos que, movidos por sua ambição, geram os maiores sofrimentos para o povo. hoje, com o amadurecimento da consciência humana, compreende-se bem que Deus, perfeição do amor de pai e mãe, não deseja nenhum sofrimento para seus filhos.
Ele resgata a vida e move os corações por seu amor misericordioso. Quanto à "necessidade", ela acontece para o profeta, que se empenha em denunciar os opressores e anunciar a libertação dos oprimidos. Pode-se entender que o sofrimento e a morte decorrerão necessariamente da repressão a partir dos poderosos opressores e exploradores que não admitem ninguém que promova a libertação dos oprimidos. Jesus afirma que passará pelo sofrimento e a morte, mas que no fim "estará de pé" (egueíro - traduzido por "ressuscitar").
Converter-se é perder sua vida segundo os valores deste mundo submisso à ideologia do poder e entrar em comunhão de vida e partilha com seu irmão e próximo.

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