sexta-feira, 25 de junho de 2010

Jesus cura um leproso

Mt 8,1-4

Jesus desceu do monte, e muitas multidões o seguiram. Então um leproso chegou perto dele, ajoelhou-se e disse:
- Senhor, eu sei que o senhor pode me curar se quiser.
Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse:
- Sim, eu quero. Você está curado.
No mesmo instante ele ficou curado da lepra. Então Jesus lhe disse:
- Escute! Não conte isso para ninguém, mas vá pedir ao sacerdote que examine você. Depois, a fim de provar para todos que você está curado, vá oferecer o sacrifício que Moisés ordenou.

"Eu quero, fica purificado"

Este episódio da cura do leproso aparece nos três evangelistas sinóticos. Com ele, as comunidades cristãs oriundas do Judaísmo confirmavam a fé em Jesus como aquele que superava Moisés, o qual, por sua própria intercessão, obtivera a cura da lepra de sua irmã Miriam (Nm 12,13-14), e Eliseu que, por seu conselho, proporcionara a cura do leproso Naamã (2Rs 5,9-14). Com Jesus a cura é direta (toca com a mão) e imediata, acompanhada do pronunciamento de sua palavra libertadora: "Eu quero, fica purificado". Mateus tem seu Evangelho didaticamente organizado em torno de cinco discursos de Jesus. Ele coloca este episódio no bloco de dez milagres que sucedem ao discurso inaugural do Sermão da Montanha e preparam o discurso missionário. É característica de Mateus a interpretação de que os milagres de Jesus têm o sentido de confirmarem o anúncio feito por sua Palavra. Jesus cura por sua palavra e seu toque. Este seu gesto, dentro da sua prática comum, tem o sentido mais amplo de libertação das multidões, as pessoas consideradas impuras e pecadoras que eram excluídas pelo sistema religioso do Templo e das sinagogas, comunicando a todos seu amor vivificante.

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