sábado, 17 de julho de 2010

O servo escolhido de Deus

Leitura Orante
Mt 12,14-21

Então os fariseus que estavam ali saíram e começaram a fazer planos para matar Jesus.
Quando Jesus soube disso, foi embora dali, e muita gente o seguiu. Ele curou todos os que estavam doentes e mandou que não contassem nada a ninguém a respeito dele. Isso aconteceu para se cumprir o que o profeta Isaías tinha dito: "Disse Deus: Aqui está o meu servo que escolhi, aquele que amo e que dá muita alegria ao meu coração.
Eu porei nele o meu Espírito, e ele anunciará o meu julgamento a todos os povos.
Não discutirá, nem gritará, nem fará discursos nas ruas.
Não esmagará o galho que está quebrado, nem apagará a luz que já está fraca.
Ele agirá assim até que a causa da justiça seja vitoriosa.
E todos os povos vão pôr nele a sua esperança."

Os fariseus sentem-se ameaçados em seu poder

O Judaísmo surgido no pós-exílio da Babilônia era uma teocracia (político-religiosa) das elites que retornaram deste exílio e oprimia o próprio povo semita, particularmente os camponeses. Jesus fala e age libertando o povo da opressão da sinagoga, do Templo e da Lei. Restaura-lhe dignidade e promove a vida. Os fariseus sentem-se ameaçados em seu poder, diante de tal subversão, e tomam a decisão de matar Jesus. Este último refugia-se em outro lugar, seguido pelas multidões, e cura a todos. Mateus escreve para uma comunidade de cristãos oriundos do Judaísmo. Sua intenção é demonstrar que Jesus, a partir de sua atividade taumatúrgica, vem realizar as promessas proféticas das Escrituras. Recorre a um texto de Isaías, adaptando-o: "Eis o meu servo, que escolhi [.]" (Is 42,1-4). O verdadeiro servo de Deus é Jesus, investido pelo Espírito para sua missão. Ele é manso e não praticará a violência.
Contudo, com absoluta firmeza anunciará às nações o direito e a justiça, transformando a sociedade.

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