sábado, 14 de agosto de 2010

Jesus acolhe e abençoa as crianças

Leitura Orante
Mt 19,13-15

Depois disso, algumas pessoas levaram as suas crianças para Jesus pôr as mãos sobre elas e orar, mas os discípulos repreenderam as pessoas que fizeram isso. Aí ele disse:
- Deixem que as crianças venham a mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino do Céu é das pessoas que são como estas crianças.
Então Jesus pôs as mãos sobre elas e foi embora.

Os discípulos são chamados a viver no despojamento

Mateus retoma aqui o tema da criança, já apresentado quando os discípulos discutiam sobre quem seria o maior (Mt 18,1-5). Pessoas, não identificadas pelo evangelista, trazem crianças a Jesus. As crianças vieram conduzidas, submissas à vontade dos adultos que vêm buscar em Jesus uma energia de vida para aquelas frágeis criaturas. Os discípulos repreendem aqueles que trazem as crianças. Refletem o sentimento patriarcal de que as crianças têm pouca importância e são consideradas importunas diante dos compromissos e atividades dos adultos. Contudo, os discípulos devem se tornar como crianças, pois o Reino é das crianças. Assim, fica abolida entre os discípulos a figura da família patriarcal em que todos estão sujeitos ao poder do chefe da casa. A ausência desta figura significa que na comunidade há igualdade e corresponsabilidade entre os discípulos, unidos em torno do projeto de Jesus, conforme a vontade do Pai. Como crianças, os discípulos são chamados a viver no despojamento, à margem do sistema de competição pelo poder. Como crianças, enchem-se de esperança, animados e alegres com a descoberta do novo que lhes é revelado por Jesus. Comprometem-se com o projeto alternativo do Reino que, conforme os planos de Deus, vem substituir as atuais estruturas opressoras da sociedade.

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