segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A vida é mais importante do que o sábado

Leitura Orante
Lc 6,6-11

Num outro sábado Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Estava ali um homem que tinha a mão direita aleijada. Alguns mestres da Lei e alguns fariseus ficaram espiando Jesus com atenção para ver se ele ia curar alguém no sábado. Pois queriam arranjar algum motivo para o acusar de desobedecer à Lei. Mas Jesus conhecia os pensamentos deles e por isso disse para o homem que tinha a mão aleijada:
- Levante-se e fique em pé aqui na frente.
O homem se levantou e ficou em pé. Então Jesus disse:
- Eu pergunto a vocês: o que é que a nossa Lei diz sobre o sábado? O que é permitido fazer nesse dia: o bem ou o mal? Salvar alguém da morte ou deixar morrer?
Jesus olhou para todos os que estavam em volta dele e disse para o homem:
- Estenda a mão!
O homem estendeu a mão, e ela sarou. Aí os mestres da Lei e os fariseus ficaram furiosos e começaram a conversar sobre o que poderiam fazer contra Jesus.

Fazer o bem está acima da observância do sábado

Lucas, nesta sua narrativa, retoma e retoca uma narrativa anterior de Marcos (cf. 20 jan.). Com ela, os evangelistas realçam o conflito entre a prática de Jesus e a tradição dos escribas e fariseus, particularmente a observância sabática, ficando o aspecto milagroso em segundo plano. Jesus, entrando na sinagoga, sente o desafio do olhar observante daqueles chefes religiosos. Com ousadia, toma a iniciativa de chamar o homem da mão seca para o centro e o cura. Fazer o bem, promover a vida está acima da observância do sábado. O homem com a mão seca simboliza os excluídos pela sinagoga. Estão tolhidos em sua capacidade plena de agir. O olhar ostensivo de Jesus sobre os fariseus contrasta com a observação sorrateira com que espreitavam Jesus. A liberdade de Jesus é ameaçadora. Aqueles que ousam ser livres ameaçam o sistema de poder, e este só encontra uma resposta: dar um fim a estes que o ameaçam.

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