sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Pessoas que parecem crianças


Leitura orante
Mt 11,16-19

- Mas com quem posso comparar as pessoas de hoje? São como crianças sentadas na praça. Um grupo grita para o outro:
"Nós tocamos músicas de casamento, mas vocês não dançaram!
Cantamos músicas de sepultamento, mas vocês não choraram!"
João Batista jejua e não bebe vinho, e todos dizem: "Ele está dominado por um demônio." O Filho do Homem come e bebe, e todos dizem: "Vejam! Este homem é comilão e beberrão! É amigo dos cobradores de impostos e de outras pessoas de má fama." Porém é pelos seus resultados que a sabedoria de Deus mostra que é verdadeira.

O Reino dos Céus está meio do povo

Tendo exaltado a figura de João Batista, Jesus apresenta a parábola das crianças nas praças, em cuja explicação volta a mencionar João. Ele visa aos chefes religiosos do Judaísmo, designados por "esta geração". Na parábola, um grupo de crianças tenta comunicar-se com outro grupo, com brincadeiras de alegria ou de tristeza, porém o outro grupo o rejeita. O próprio Jesus explica a parábola. João Batista faz o seu anúncio da conversão de maneira austera, como um asceta, porém é chamado de louco ("tem um demônio"). Jesus, por sua vez, no seu anúncio do Reino dos Céus, apresenta-se simples e comum no meio do povo, dos pecadores e publicanos, e é chamado de comilão e beberrão. Na realidade os chefes religiosos tentam desacreditar João Batista e Jesus difamando-os, porque temem suas mensagens que vêm ameaçar o seu poder fundado na opressão e na injustiça, acobertado por uma imagem distorcida de Deus. Contudo, os pobres, pecadores e excluídos, que não são escravos da riqueza e do poder, acolhem João Batista e Jesus. Ao longo da história, os discípulos, nas comunidades, fiéis e comprometidos com o
Reino, continuam a reconhecer a sabedoria de Deus, pela maravilha de suas obras, na Encarnação redentora.

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