segunda-feira, 18 de julho de 2011

Os sinais de Deus


Leitura Orante
Mt 12,38-42


Então, alguns escribas e fariseus disseram a Jesus: "Mestre, queremos ver um sinal da tua parte". Ele respondeu-lhes: "Uma geração perversa e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas. De fato, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra. No dia do Juízo, os habitantes de Nínive se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão, pois eles mostraram arrependimento com a pregação de Jonas, e aqui está quem é mais do que Jonas. No dia do Juízo, a rainha do Sul se levantará juntamente com esta geração e a condenará; pois ela veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão, e aqui está quem é mais do que Salomão.

A pregação de Jonas foi sinal para o povo

Esta narrativa está presente nos três evangelistas sinóticos. Em Marcos, mais simples, talvez corresponda mais à sua origem em Jesus. Ao pedido dos fariseus de um sinal de Jesus, a resposta é simplesmente negativa: nenhum sinal será dado a esta geração. Jesus, com a recente partilha do pão (Mc 8,1-10), já proporcionara o sinal por excelência e suficiente. Lucas e Mateus, após narrarem a negativa de Jesus, concedem o sinal de Jonas. Lucas apresenta o sinal de Jonas do ponto de vista missionário: é a pregação de Jonas que foi sinal para o povo ninivita. Assim, a pregação de Jesus é o sinal para o mundo. Mateus, por sua vez, vai apresentar o sinal do ponto de vista messiânico: os três dias e três noites de Jonas no ventre da baleia simbolizam a morte e ressurreição de Jesus. Mateus faz esta interpretação messiânica tendo em vista atender sua comunidade de discípulos oriundos do judaísmo.
Hoje, sob um olhar universalista, compreendemos que os sinais de Jesus são os atos de libertação dos oprimidos e de promoção da vida.

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