quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Jesus chorou sobre a cidade

Leitura Orante
Lc 19,41-44

Quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: "Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, está escondido aos teus olhos! Dias virão em que os inimigos farão trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados. Esmagarão a ti e a teus filhos, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste o tempo em que foste visitada".

Jerusalém é, ainda hoje, sinal de contradição

Vindo da Galiléia, Jesus , ao se aproximar de Jerusalém, vendo a cidade sobre a colina, chora sobre ela. Durante seu ministério na Galiléia, Jesus sempre se empenhara na conversão dos chefes religiosos, vinculados ao Templo de Jerusalém. Contudo, nesta viagem que agora faz à cidade, Jesus pressente que, em vez da conversão destes chefes, se concretizará a sua rejeição levando-o à morte. Consuma-se, assim, a recusa da paz trazida por Jesus.
Jerusalém (Salém) foi tomada ao povo jebuseu por Davi (2Sm 5,6). Aí ele centralizou os poderes político, religioso e militar, introduzindo dois novos chefes jebuseus, o sacerdote Sadoc e o general Banaías, para contrabalançar a forte tradição de Israel. O Templo aí construído e a sólida teologia imperial elaborada na corte dos reis descendentes de Davi e no Templo das elites sacerdotais, conferiram a Jerusalém o status de cidade sagrada. Contudo, já os profetas do Antigo Testamento denunciavam o abuso de poder e a corrupção aí reinantes. O próprio Jesus lamentara: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados..." (Lc 13,34).
Jerusalém é, ainda hoje, sinal de contradição, cuja ocupação progressiva por Israel manifesta o desprezo para com a ONU e para com os povos do mundo.

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