segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Ser da família de Deus

Leitura Orante
Mt 12,46-50

Enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém lhe disse: "Olha! Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo". Ele respondeu àquele que lhe falou: "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?" E, estendendo a mão para os discípulos, acrescentou: "Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe".

A paternidade de Deus

Encontramos esta narrativa nos três evangelhos sinóticos. O destaque é a questão dos laços familiares dos discípulos de Jesus. A questão fica perfeitamente delineada na frase inicial: enquanto as multidões estão junto de Jesus, sua mãe e seus irmãos "ficam de fora". As multidões são aqueles que, curiosos e esperançosos, estão buscando algo de novo, atentos a Jesus. Porém ainda não se definiram. Mateus destaca, então, dentre a multidão, a presença dos discípulos, em direção aos quais Jesus estende a mão. Discípulos são aqueles que, dentre a multidão, já deram o passo decisivo no seguimento de Jesus. A família fica de fora. Aí, a palavra decisiva de Jesus: "...todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe." É característico de Mateus destacar a paternidade de Deus: "a vontade do meu Pai, que está nos céus". Vamos reencontrá-la na oração do Pai-Nosso. Está feita uma advertência à família consangüínea, em geral conservadora, no sentido de abrir-se na acolhida a Jesus, empenhando-se em fazer a vontade do Pai. Os discípulos superando os limites da família, abandonam-se à vontade do Pai e unem-se em uma grande família em torno de Jesus.

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