terça-feira, 25 de junho de 2013

O caminho que leva à vida

Mt 7,6.12-14
“Não deis aos cães o que é santo, nem jogueis vossas pérolas diante dos porcos. Pois estes, ao pisoteá-las, se voltariam contra vós e vos estraçalhariam. Tudo, portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles. Isto é a Lei e os Profetas. Entrai pela porta estreita! Pois larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram! Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida, e poucos são os que o encontram!”

O amor ao próximo que, unido ao amor de Deus, e precedido por ele, é a plenitude de toda a Escritura.

À primeira vista, as palavras de Jesus parecem enigmáticas. Os cães são para o Salmo 22 símbolo dos inimigos do justo (Sl 22[21],17); os porcos, símbolo dos pagãos; assim eram chamados os romanos. Trata-se de não profanar o que é santo e agir com discernimento e prudência. Por causa de sua fé é que os cristãos foram perseguidos.
A regra de ouro (v. 12) é conhecida tanto no universo bíblico como extrabíblico. Trata-se de uma regra de solidariedade (ver: Eclo 31,15). A regra de ouro pode ser considerada uma variante do amor ao próximo que, unido ao amor de Deus, e precedido por ele, é a plenitude de toda a Escritura.
Os versículos 13 e 14 utilizam a imagem tradicional dos dois caminhos (ver, por exemplo: Pr 4,10-19). “Entrai pela porta estreita…” (v. 13). De que porta se trata? É a própria mensagem de Jesus que deve ser posta em prática pelos discípulos. Jesus mesmo, toda a sua existência, é o caminho: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6); ele é igualmente a porta: “Eu sou a porta das ovelhas […] quem entra por mim será salvo” (Jo 10,7.9).

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